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Na manhã da final da Copa de 98, Ronaldo Fenômeno, horas antes do grande jogo contra a França, teve uma crise convulsiva e foi levado a uma clínica em Paris, enquanto a delegação se dirigia de ônibus para o estádio. Submetido a uma série de exames, Ronaldo foi liberado para jogo. Ainda no primeiro tempo, se chocou com Barthez e caiu desmaiado. Todo o time correu para socorrê-lo, mas logo demonstrou estar bem e seguiu jogando até o fim.
A convulsão acontece por causa de uma falha na condução elétrica no cérebro, levando à maior atividade elétrica cerebral. O tipo mais comum é a crise convulsiva generalizada. Existem outros tipos de crises epiléticas, como as crises de ausência, crises parciais simples ou complexas. “É importante a classificação das epilepsias para tentar estabelecer relação com possíveis causas do problema. Em alguns casos específicos, uma tomografia do crânio ou ressonância também são necessários” afirma o neurologista Dr. Daniel Lopes, Médico do setor de neurorradiologia da DiRad. “A causa mais frequente de convulsão no atleta é o traumatismo craniano.” finaliza Dr. Daniel Lopes.
Os jogadores de futebol profissionais têm um risco maior de sofrer danos cerebrais, segundo estudo realizado no Reino Unido. Por outro lado, a FIFA garante que o futebol não faz parte dos esportes cujas práticas podem desenvolver lesões no cérebro e crânio ao longo do tempo. A entidade alega que dedicou os últimos 15 anos para estudar o fenômeno por meio de investigações científicas e grupos de trabalho especiais.

Imagem: Torcedor.com